SUCESSO NAS VENDAS

Hoje tivemos sucesso nas vendas das fazendas, a disputa foi acirrada em alguns momentos chegando a ter mais de 80 lances. Das 27 fazendas levadas a praça, só não foi vendido o que era Mata, área de preservação, o resto rendeu aos cofres da massa créditos que superam os R$ 160.370.000,00. Isso representa uma arrecadação de 72,34% do valor bruto levado ao pleito.  Muitos criticaram a estratégia de levar a leilão as Fazendas REALEZA DO GUAPORÉ, por valores abaixo da avaliação; porém, numa época de tamanha crise a proposta até pode ter sido ousada, mas certeira. Não perdemos dinheiro, oferecemos um produto bom com preço justo. As avaliações foram feitas em época de "vacas gordas", para alinhar aos dias de hoje, só jogando no mercado; é ele que dita o valor venal do momento. Portanto, foram vendidas ao valor de mercado.
Bem, temos agora duas perguntas a responder:
1ª. O que faremos com as glebas remanescentes?
2ª. Quando vai ter rateio?
De pronto não tenho respostas à estas perguntas, pois tudo depende da situação processual e da soma do saldo de caixa.  As terras que não foram vendidas, certamente estarão na pauta da próxima reunião do grupo gestor.  O rateio parcial, imagino não será aquele apresentado na Assembléia Geral de dezembro de 2015, que previa até 13,5 % do valor investido atualizado na forma da r. decisão de abril de 2004. Tivemos dois golpes fortes pelas arrematações remissas; ok, foram punidos.  Mas atrasamos a marcha processual e isso custou, e custa ainda, aos cofres da massa muito dinheiro para manter todas essas fazendas protegidas dos "grileiros".  Com o QGC (Quadro Geral de Credores) publicado já é possível equacionar o ATIVO e PASSIVO da massa falida. Só depois desse cálculo, feito pelo Dr. Sindico,através dos contadores judiciais, é que saberemos se o saldo existente em conta dará para promover um rateio parcial. Esperamos que sim, seria uma injeção de ânimo numa época tão difícil.
De tudo posto, estou satisfeito com o resultado do dia de hoje, marco decisivo para o Processo de falência das FAZENDAS REUNIDAS BOI GORDO e COLIGADAS.  A partir de hoje podemos dizer que entramos no caminho do fim dessa 1a etapa. Sim, isto porque não se pode esquecer que temos arrecadados bens que foram desviados pelo grupo Golin e que estão pendentes de solução judicial. Quando estiverem disponíveis (judicialmente) já estarão prontos para, numa segunda fase, levarmos estes também a leilão, cujo produto certamente será melhor que o da 1a fase. Estima-se algo em torno de 40%. Mas até lá tem chão...
Boa noite.